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Edna Maura

Edna Maura Garcia Mendonça nasceu em 05 de outubro de 1983, é natural de Cajari-MA, mas já reside em Viana-MA desde criança. É graduada em Letras pela UEMA. Começou a escrever seus poemas e breves histórias ainda com seus dez anos de idade. Seus livros preferidos são os do escritor Machado de Assis.




Confira alguns de seus poemas:


UM SONETO SÓ


Eu não sei o meu caminho
Não achei o que procuro
Só enxergo bem o escuro
Apenas vejo que estou sozinho

Tendo o medo por vizinho
Sinto que não estou seguro
Nem sei como ainda aturo
Uma vida sem carinho

Se eu conseguisse encontrar
Pelo menos um sinal teu
Saberia qual rumo tomar

Mas o mundo me esqueceu
Tu também não irias lembrar

De um grande amor que se perdeu



O VALOR DE UMA PENA

Não paga a pena se revoltar
Pegue a pena e comece a viajar
Não vale a pena de raiva tremer
Tome a pena e comece a escrever

Por que uma lagrima desperdiçar
Se com a pena você pode transformar
Tudo aquilo que faz sofrer
Em frases boas de se ler

O papel oferece muitas utilidades
Assim como viver tem suas possibilidades
Mas poucos tem a capacidade
De tornar algo comum em raridade

Vale a pena criar o novo
Reinventar o que é antigo
Vale a pena tentar de novo
Resgatar o sonho esquecido




UMA NOVA DESPEDIDA

Se tudo passou, chegou ao seu fim
Por que eu estou
Seguindo o mesmo caminho?
Não há um sinal
Há só solidão
Somente lembranças
Esmagadas no chão

Não fale de amor
Não me faça chorar
Não queira usar
Esse nome em vão

O amor não foi feito para machucar
E uma canção, se você não sabe cantar, só ouça

Leve sua mão, me deixe ficar
O que eu fizer
Precisa valer a pena
Não vou me esquecer
Nem me ignorar
Se estou à procura
Comigo não está

Se agora estou só
Se assim vou ficar
Será bem melhor
Que a dor me acompanhar

O amor não foi feito para assustar
Mas solidão, é mais certo do que chorar de novo.






A PONTE SOBRE O LAMAÇAL,
GABRIEL E O ENCONTRO NO PARQUE SOMBRIO

Todos os sonhos são meus
Terei que conviver com eles daqui pra frente
Já que eles irão me acompanhar pra sempre
Não me pergunte o que vejo agora
Tudo me parece diferente
Duvido até que o sol seja quente
Nunca sei o que se passa realmente
Não estranhe se eu ando tão estranha
Você nem sabe o que aconteceu:
Meu anjo me feriu
O mundo todo é um breu
Até os caminhos se perderam
Assim fica difícil me guiar
Você nem imagina o que é ser ímpar
O peso que se tem que carregar
Mais ainda sem ninguém pra te ajudar
Dói até disso falar
E sempre serei só
É melhor me acostumar
Já que escureceu o sol
E meu anjo não vai voltar
Mas deixou algo forte aqui
Que eu não consigo arrancar
Pode ser então porque eu mesma plantei
Os sonhos que acreditei
Mas isso não aplaca a dor
Meu anjo me machucou
E eu não consigo me consolar







ASSIM COMO VOCÊ ESTÁ JUNTO DE MIM

O sol está brilhando no céu
Mostrando que o dia é seu
Se você visse...
O vento que se fez brisa
É do que você precisa
Se você sentisse...
Mas você não sente
E ninguém lhe avisa
Você pede explicação
Mas não presta atenção
O mundo todo te assiste
E você tão triste
Você sente falta de amor
Ele estando ao seu redor
Se você sentisse...
Ou reparasse no meu olhar
Você iria perceber
Que não há amor maior
Se você me notasse
Iria saber que eu vivo
Como se a alegria não existisse
Come se nada na vida bastasse
Por você não estar
Em minha companhia
Mas eu preciso me conformar
Está fazendo um lindo dia
E belo iria continuar
Mesmo se eu não gostasse
O amor está em todo lugar
É tão fácil reconhecer
Só queria que você visse

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