Manoel Lopes Soares Júnior, natural de Penalva-MA, reside há oito anos em
Cajari-MA. Nasceu no dia 20 de setembro de 1985. É graduado em Letras pela
UEMA. Começou a escrever poesias em 2003.
Confira alguns de seus poemas:
NA SORVETERIA
Passa a
vida a cada passo
Em que o
tempo rouba-me
A cena
acena pra
mim o teu sorriso
Enquanto
a amarela tarde
Escurece
o voo cego
Do meu
pensamento.
Algumas
palavras.
Alguns
olhares.
Momentos
que não esqueço:
Único
sabor:
Morango.
Enquanto
tu
“passas”
seca meu
olhos.
FUGA
Viver é
equilibrar-se.
penso
assim, e se penso sinto:
Falta-me
a devida coragem
para
percorrer tal distância
de sonhos
íngremes
nas
descidas
da
vida
sinto a
dívida
das
dúvidas
divididas
entre eu
e eu
mesmo:
corpo que
sai da
alma
em busca
de paz
que não
encontro em mim
PERMANÊNCIA
porQue
tUdo
É
aléM DA VIDA
da DÁDIVA?
m
o
r
t
e
II
Não quero-me Poeta
Quero-me apenas homem de
palavra
E na superfície de humano
Mergulhar na profundidade da
vida
E nas palavras existentes
Me expor
E
seguir até morrer profundamente
Me iludirei utopicamente
Em meio a existência do nada
Na teoria do suficiente
O
resto é vazio
a ida é morte
Na vida sem volta
É em tudo
O fim de alguns
pouquíssimos nadas a mais.
PORTAL
Para
Neto
Não sei o
que
seremos
se tudo
que somos
for um
dia
o que
nunca
deveríamos
ter sido.
Mesmo
assim te direi:
Nem tudo
foi
perdido
ou
achado
tudo é
uma questão
de
equilíbrio
e saber
de onde vempara onde vão as coisas,
e mais:
se
amanhecemos no tecido
da
tristeza
é que na
mentira
do sono
rompemos
a membrana da realidade.
A
DECOMPOSIÇÃO DO VIDRO
Para ser um dia
Diferente
Precisávamos de somente
Um resultado igual.
Comemoramos em impar
Sete cervejas
Enquanto apenas à tarde
Insistia em ir
Os momentos ficavam
Em cada um:
Cléo, Denise e Marlene
Adjetivos que necessitam
de nomes
ou talvez luz
pois se agora somos
o bruxuleio
que nunca pensamos
isso reflete no ouro
que sempre merecemos:
nós mesmos ,
cada um constrói
a vida de cada um
palavras às vezes
são tijolos.
Um dia porém
nossos cacos então
serão um vidro
para a vida
e para a decomposição.
Poeta Manoel Jr.
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